Como o QR Code pode ajudar as pessoas com deficiência visual?

Descrição da imagem: A imagem mostra uma mulher segurando um telefone com uma tela que exibe um código QR. A mulher está sentada em um ambiente ao ar livre, com uma camisa em tons de branco e cinza. Ela está segurando o telefone com a mão direita, com a tela voltada para a câmera. O código QR é grande e ocupa quase toda a tela do telefone. O fundo da imagem é um pouco desfocado, mas parece ser uma área ao ar livre com plantas e árvores. Descrição realizada com o auxílio de inteligência artificial

Vamos falar um pouco sobre o QR Code, e como ele pode ajudar as pessoas com deficiência visual.

O QR Code é um gráfico (desenho) em 2D em formato quadrado preto e branco que pode conter várias informações. Hoje em dia muitas empresas já utilizam esse tipo de código, e ele pode ser amplamente utilizado em vários segmentos.

As indústrias já poderiam adotar esse tipo de código em suas embalagens. Por exemplo, nas embalagens de remédio poderiam conter toda a informação da bula, o nome do remédio, fabricante, princípio ativo e demais informações, mas para poder ser identificado por uma pessoa com deficiência visual poderia conter uma identificação em braile, para poder facilitar a localização do QR Code, e assim a pessoa apontaria a câmera do smartphone e o leitor de tela faria a leitura de todo o conteúdo mostrando todas as informações.

Em outros setores também é possível utilizar o QR Code, como em roupas, na qual poderia conter o tamanho, marca, cor, tipo de estampa, etc. Também todos os tipos de embalagens do setor alimentício, farmacêutico, cosméticos, eletrodomésticos, etc. poderiam trazer uma infinidade de informações úteis para os consumidores.

O QR Code nas embalagens poderia facilitar muito a vida das pessoas em geral e também pessoas com deficiência visual. Em uma simples ida ao mercado, uma pessoa com deficiência visual com o produto em mãos, apontaria a câmera do smartphone no QR Code e poderia saber qual o produto, marca, peso, etc.

Com isso uma pessoa com deficiência visual ou até mesmo idosos ao se tomar um simples remédio teriam mais certeza que teriam em mãos o remédio correto, ou a roupa que é da cor que deseja usar, etc.

“ O mais importante é ser feliz, e que a tecnologia venha apenas para somar, e nunca deixe de curtir e aproveitar a vida com a família e as pessoas que você ama “

Acessibilidade digital no Brasil: cenário ainda distante.

A acessibilidade digital no Brasil se tornou um assunto urgente e uma necessidade de primeira ordem. Mas sua empresa está por dentro desse tema?

Descrição da imagem: A imagem mostra um homem sentado à frente de um laptop aberto, com os dedos de suas mãos esquerdas e direitas sobre o teclado. O laptop está sobre uma mesa de madeira, com um pedaço de papel com alguns rabiscos sobre ela. Atrás do laptop, há dois pequenos vasos de cerâmica azul. Atrás do homem, há um fundo branco com um gradiente de luz. Descrição realizada com o auxílio de inteligência artificial

Primeiro, é preciso reforçar e destacar que promover condições de um acesso igual na internet é um direito de todos os cidadãos. E está previsto na lei brasileira.

A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) torna obrigatória a acessibilidade nos sítios de internet, mantidos pelas empresas que possuem sua sede, ou tenham alguma representação comercial no Brasil, bem como os órgãos públicos.

Consta no Art. 63: “É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.”

Porém, apesar da lei, o Brasil ainda caminha a passos lentos quando falamos de acessibilidade digital. Para se ter uma ideia, menos de 1% dos sites brasileiros são acessíveis.

Uma triste realidade nacional: a maioria dos sites brasileiros não estão preparados para incluir e há uma grande carência de investimentos em acessibilidade digital por parte das empresas.

Mesmo companhias mais comprometidas com o tema ESG (em português, Governança Ambiental, Social e Corporativa) têm dificuldade de tornar seus sites acessíveis para pessoas que necessitam de recursos para navegar livremente na web. A acessibilidade, seja digital ou física, ainda é pouco tratada pelas empresas no Brasil.

Além disso, ainda falta conhecimento das empresas sobre a lei de inclusão e não há uma forte fiscalização ou penalização para as organizações que descumprem as normas.

Mas uma coisa é fato: precisamos mudar esse cenário.

Ambiente digital faz parte da vida de milhões de brasileiros

Ainda mais com o peso que a internet tem em nossas vidas atualmente. Trabalhamos, compramos, estudamos, pagamos contas, nos comunicamos e nos informamos pelas páginas da web.

Além disso, o Brasil é um dos países mais conectados do mundo no ambiente online. Cerca de 85% dos brasileiros navegam na web diariamente, gastando em média 9h 29 min (Hootsuite). Quantas pessoas, então, estamos deixando de fora? Infelizmente, podemos dizer que são milhões!

Afinal, cerca de 60 milhões de brasileiros precisam de algum tipo de recurso de acessibilidade digital para navegar na web.

São aproximadamente 45 milhões de pessoas com alguma deficiência, segundo dados do IBGE, que representam cerca de 24% da população. Mas além das pessoas com deficiência, também enfrentam dificuldades para acessar os conteúdos na web, pessoas idosas, analfabetas, analfabetas funcionais, com limitações temporárias, entre outras.

Sendo assim, embora o Brasil seja o segundo país do mundo que passa mais tempo na internet, não são todos os brasileiros que conseguem acessar com autonomia essas informações. Isso, por si só, já se torna um impedimento para que a inclusão digital aconteça no país.

Como começar a investir na acessibilidade digital

Portanto, só a acessibilidade digital pode mudar essa realidade. Ou seja, só podemos transformar esse cenário eliminando barreiras que ainda existem na web e melhorando a usabilidade dos sites para pessoas com deficiência ou limitações.

O Sonori oferece uma solução completa para seu site se tornar acessível, de acordo com as diretrizes globais e a legislação nacional.

A partir do momento que um site se torna acessível, a empresa passa a se posicionar como uma marca que acredita e é promotora da inclusão, da diversidade e da acessibilidade. Isso, por sua vez, vai fazer com que mais usuários se sintam atraídos em comprar e consumir esse conteúdo, já que hoje os consumidores valorizam organizações engajadas em questões sociais.

Córnea de bioengenharia pode restaurar a visão de pessoas cegas

Descrição da imagem: A imagem em close-up mostra uma pessoa aplicando colírio nos olhos de outra pessoa. A pessoa que está aplicando o colírio segura um pequeno frasco de colírio com a tampa removida e inclina ele em direção aos olhos da outra pessoa. A pessoa que está recebendo o colírio está com a cabeça virada para o alto, com os olhos abertos. Descrição realizada com o auxílio de inteligência artificial

O implante, feito de proteína de pele de porco, pode fornecer transplantes mais acessíveis para pessoas com deficiência visual.

Uma córnea de bioengenharia restaurou a visão de pessoas com deficiência visual, incluindo aquelas que eram cegas antes de receberem o implante.

Essas córneas, descritas na Nature Biotechnology hoje, podem ajudar a restaurar a visão de pessoas em países onde os transplantes de córnea humana são escassos e por um preço mais baixo. Ao contrário das córneas humanas, que devem ser transplantadas em duas semanas, os implantes de bioengenharia podem ser armazenados por até dois anos, o que pode ajudar a enviá-los para aqueles que mais precisam deles.

O implante de córnea é feito a partir de proteína de colágeno extraída da pele de porco, que possui estrutura semelhante à da pele humana. Moléculas de colágeno purificadas foram processadas para garantir que nenhum tecido animal ou componente biológico permanecesse. A equipe, da Universidade Linköping, na Suécia, estabilizou as moléculas soltas em um andaime de hidrogel projetado para imitar a córnea humana, que era robusta o suficiente para ser implantada em um olho.

Cirurgiões no Irã e na Índia conduziram um teste piloto com 20 pessoas cegas ou próximas de perder a visão devido ao ceratocone avançado. Esta doença afina a córnea, a camada transparente mais externa do olho, e impede que o olho foque adequadamente. O implante restaurou a espessura e a curvatura da córnea. Todos os 14 participantes que estavam cegos antes da operação tiveram sua visão restaurada, com três deles alcançando visão perfeita 20/20.

Enquanto os transplantes de córnea humana em pacientes com ceratocone são tradicionalmente costurados com suturas, a equipe experimentou um novo método cirúrgico que é mais simples e potencialmente mais seguro. Eles usaram um laser para fazer uma incisão no meio da córnea existente antes de inserir o implante, o que ajudou a ferida a cicatrizar mais rapidamente e criou pouca ou nenhuma inflamação depois. Consequentemente, os pacientes só precisaram usar colírios imunossupressores por oito semanas, enquanto os receptores de transplantes tradicionais geralmente precisam tomar imunossupressores por pelo menos um ano.

Um bônus inesperado foi que o implante mudou a forma da córnea o suficiente para que seus receptores usassem lentes de contato para a melhor visão possível, mesmo que antes não pudessem tolerá-las.

A córnea ajuda a focalizar os raios de luz na retina na parte posterior do olho e protege o olho de sujeira e germes. Quando danificado por infecção ou lesão, pode impedir que a luz atinja a retina, dificultando a visão.

A cegueira da córnea é um grande problema: estima-se que cerca de 12,7 milhões de pessoas sejam afetadas pela doença, e os casos estão aumentando a uma taxa de cerca de um milhão a cada ano. Irã, Índia, China e vários países da África têm níveis particularmente altos de cegueira da córnea e, especificamente, ceratocone.

Como a pele de porco é um subproduto da indústria alimentícia, usar este implante de bioengenharia deve custar uma fração do mesmo que o transplante de córnea de um doador humano, disse Neil Lagali, professor do Departamento de Ciências Biomédicas e Clínicas da Universidade de Linköping, um dos pesquisadores por trás do estudo.

Será acessível, mesmo para pessoas em países de baixa renda”, disse ele. “Há uma economia de custos muito maior em comparação com a forma como o transplante de córnea tradicional está sendo feito hoje.”

A equipe espera realizar um ensaio clínico maior de pelo menos 100 pacientes na Europa e nos EUA. Enquanto isso, eles planejam iniciar o processo regulatório necessário para que a Food and Drug Administration dos EUA aprove o dispositivo para o mercado.

Embora o implante tenha se mostrado eficaz no tratamento do ceratocone, os pesquisadores acreditam que também pode tratar outras condições oculares, incluindo distrofias da córnea e cicatrizes de infecções ou traumas. Pesquisas adicionais são necessárias para confirmar isso.

Embora a escassez de doadores de córnea não seja tão grave nos países ocidentais quanto nos países em desenvolvimento, o implante também pode ajudar a reduzir as listas de espera nos países mais ricos, disse Mehrdad Rafat, professor sênior da Universidade de Linköping que projetou os implantes.

Achamos que poderia ser vendido a um preço mais alto nos países desenvolvidos para equilibrar o custo de produção para que possamos continuar trabalhando em outras condições oculares”, disse ele. “Estamos muito otimistas quanto a isso.”